Formada em medicina pela Universidade de São Paulo (USP), pós graduou-se em Ultrassonografia Diagnóstica em 1977 pela Wake Forest University, como bolsista do CNPq e complementou seus estudos na Thomas Jefferson University, ambas nos Estados Unidos. Possui títulos de Especialistas em Ultrassom em 6 (seis) Sociedades Científicas, sendo 4 (quatro) nacionais, inclusive a SBUS e AMB, assim como em 2 (duas) internacionais: ARDMS e FISUSAL. De 2002 a 2006 foi professora da disciplina de Ultrassonografia da UNISA, a primeira criada no Brasil e chefe do departamento de Imagenologia desta universidade.

Já proferiu mais de 400 (quatrocentas) palestras em congressos, jornadas, simpósios, reuniões científicas, seminários, fóruns, debates, mesas-redondas e encontros científicos. Organizou mais de 40 (quarenta) eventos científicos, presidiu 12 (doze) congressos de Ultrassonografia, publicou 60 (sessenta) artigos de ultrassom e escreveu 20 (vinte) livros e capítulos de livros, o mais recente em setembro de 2014, Ultrassonografia e Doppler Gastrointestinal. Os sinais ultrassonográficos que descreveu, hoje, são internacionalmente utilizados e citados em livros e publicações cientificas, o principal deles a sistematização dos sinais de benignidade e malignidade de nódulos tireoidianos pelo US e Doppler e publicado no Ultrasound Quarterly, 12(1): 21-43, 1994, que posteriormente foi adotado para definir a necessidade de investigação invasiva de nódulos tiroidianos. Em 28 de março de 2017 apresentou o resultado de 6 anos da aplicação do método tríplice (US, Doppler e Elastografia) no diagnóstico diferencial dos nódulos benignos e malignos da tireoide durante a Congresso Anual do AIUM – American Institute of Ultrasound in Medicine, sendo a primeira a utilizar os três métodos conjuntamente. Descreveu um novo sinal elastográfico em março de 2018 durante o Encontro anual do AIUM- American Institute of Ultrasound in Medicine, que permite antecipar se o nódulo maligno da tireoide é ou não invasivo, facilitando o planejamento cirúrgico. É presidente do IKERR-Instituto Kerr, onde ministra cursos à distância e presenciais e é diretora da Sonimage desde 1983.

Estuda a doença produzida pelo SARS-CoV2 desde suas primeiras manifestações na China em 2019 e começou em março de 2020 o medicamento ivermectina no tratamento e prevenção do COVID-19, tendo desde então ministrado aulas, conferências, entrevistas e lives além de orientar a população e prefeituras no uso desse medicamento antiviral.

É a primeira autora de dois estudos de Itajaí – Ivermectina Prophylaxis Used for COVID-19 Reduces COVID-19 Infection and Mortality Rates:

• A City-Wide, Prospective Observational Study of 223.128 Subjects Using Propensity Score Matching. DOI: 10.7759/cureus.21272. O estudo de Itajaí é especial por ser brasileiro e o maior estudo mundial sobre ivermectina utilizada para profilaxia na COVID-19 e o segundo maior estudo mundial sobre COVID-19, resultados de um estudo prospectivo e observacional, que pode ser analisado e comparável com Randomized Controlled Estudo, quase duplo cego, apoiado pelo SUS – Sistema Único de Saúde e Prefeitura, tendo utilizado estatísticas de alta qualidade: (1) ajustes feitos usando o MÉTODO POISSON; (2) Balanceamento por Propensity Score Matching (PSM); (3) a combinação de Poisson e PSM é o padrão ouro que tornou um estudo retrospectivo equivalente ao estudo clínico Randomizado (requer um grande número de participantes e o nosso é enorme); (4) foram utilizados programas e técnicas padrão da FDA, Cochrane e OMS. A quantidade de dados obtidos foi tão grande que permitirá que outros trabalhos sejam realizados em breve. O uso regular de ivermectina levou a uma redução de 68% na mortalidade por COVID-19 e quando ajustado para variáveis residuais, a redução na taxa de mortalidade foi de 70%, quando comparado aos não usuários.
• Regular Use of Ivermectin as Prophylaxis for COVID-19 Led Up to a 92% Reduction in COVID-19 Mortality Rate in a Dose-Response Manner: Results of a Prospective Observational Study of a Strictly Controlled Population of 88,012 Subjects. Published: August 31, 2022. DOI: 10.7759/cureus.28624. Cureus ; 14(8): e28624, 2022 Aug. Neste estudo foi possível constatar redução de 92% da mortalidade quando o sujeito fazia uso regular da ivermectina, quando comparado com o não usuário, redução de 84% da mortalidade quando o sujeito fazia uso regular e foi comparado com o uso irregular e diminuição de 37% da mortalidade se uso irregular era comparado com não usuário.